Rússia, Emirados Árabes e Índia foram os cenários principais de “Missão Impossível: Protocolo Fantasma”, que chega aos cinemas na próxima semana. Mas o Rio de Janeiro, que sediou uma das premières do longa, esteve perto de também aparecer na telona, segundo informou o produtor do filme, Bryan Burk, em coletiva realizada na quarta-feira (14), na capital carioca.
“No primeiro tratamento do roteiro, o filme se passaria no Rio. Mas a história mudou muito do início até o script que filmamos”, contou Burk. “Era um longa completamente diferente, nem temos como comparar (com a versão que o espectador verá nas telas)”, acrescentou.
No longa, Cruise pula de um prédio em Moscou, escala o prédio mais alto do mundo em Dubai e, dentro de um carro, se joga de um elevador em uma fábrica de automóveis em Bombaim. Como o ator recusou o uso de dublês para filmar as cenas, era de se esperar que a produção fizesse um seguro em nome do astro caso algo saísse errado. Mas, segundo Burk, não foi o que aconteceu.
“Não quisemos fazer seguro deste filme, em parte porque a seguradora não entendeu o que iríamos fazer”, contou. “Nós praticamos e treinamos por um bom tempo. Então, quando fomos filmar pensamos, coletivamente, que ou seríamos responsáveis por matar o Tom Cruise ou por uma bela sequência. Ou pelos dois”, disse, arrancando risos dos jornalistas.
Diretor de “Os Incríveis” (2004) e “Ratatouille” (2007), da Pixar, Brad Bird declarou que o maior desafio em fazer o quarto “Missão Impossível” não foi passar da animação para um filme em live-action, mas sim o pouco tempo que teve para colocá-lo em prática. “Meus maiores medos foram o porte do projeto e curto período de preparação. Mas no fim tudo deu certo”, avaliou.
Antecedido por Brian De Palma, John Woo e J.J. Abrams, Bird disse que não se preocupou tanto em manter uma linha parecida com a de algum dos três diretores, já que Cruise – também produtor – “sempre quer que os longas da franquia sejam diferentes, com a influência de seu respectivo autor”.
Para Burk, a nova produção definitivamente tem mais comédia que as anteriores, misturada ao drama de cada personagem. “Bird faz isso particularmente bem. Uma característica de seu cinema é levar ao espectador uma montanha-russa de emoções.”
Outra marca de Bird, de acordo com o produtor, é o uso de longas sequências de ação, sem cortes. “Ele usava uma câmera apenas para filmar, ao invés de várias, como muitos diretores gostam de fazer. Com isso, as cenas de ação são feitas de takes longos, e não repletas de cortes.”
Quanto à trilha sonora, a famosa música-tema – que já foi recriada por Larry Mullen e Adam Clayton, do U2, e Limp Biskit – desta vez ficou a cargo do DJ Tiësto. Para fazer o remix, o holandês disse que não perdeu muito tempo pensando na franquia. “Eu basicamente me concentrei em deixar a música boa para ser tocada em um dos meus sets”, enfatizou.
“Missão Impossível: Protocolo Fantasma” estreia no próximo dia 21 nos cinemas brasileiros.
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